sábado, 11 de julho de 2009
terça-feira, 2 de junho de 2009
Ler mais sobre o autismo
- A) Pereira, M.C & Serra, H. (2005). Autismo – uma perturbação pervasiva do desenvolvimento. Primeira edição. Gailivro;
- B) Pereira, M.C & Serra, H. (2005). Autismo – A família e a escola face ao autismo. Primeira edição. Gailivro;
- Dr.Torrescasana, J.M (1989). Os nossos filhos – Guia dos pais para uma educação integral das crianças – Doenças e problemas do desenvolvimento. Edição número 1841. Editora Verbo, Lisboa;
- Cuberos, M.D.A; Garrido, A.A; et alli (1997). Necessidades Educativas Especiais. Primeira edição. Editora Sinalivro, Lisboa;
- Hewitt, S. (2006). Compreender o Autismo – Estratégias para os alunos com autismo nas escolas regulares. Porto Editora.
- B) Pereira, M.C & Serra, H. (2005). Autismo – A família e a escola face ao autismo. Primeira edição. Gailivro;
- Dr.Torrescasana, J.M (1989). Os nossos filhos – Guia dos pais para uma educação integral das crianças – Doenças e problemas do desenvolvimento. Edição número 1841. Editora Verbo, Lisboa;
- Cuberos, M.D.A; Garrido, A.A; et alli (1997). Necessidades Educativas Especiais. Primeira edição. Editora Sinalivro, Lisboa;
- Hewitt, S. (2006). Compreender o Autismo – Estratégias para os alunos com autismo nas escolas regulares. Porto Editora.
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Escolas para autismo
"Há cerca de 100 escolas preparadas para receber alunos com perturbações do espectro do autismo.
A notícia é esta:
«ME reforça apoio a alunos com necessidades educativas especiais O Ministério da Educação (ME) lançou diversas medidas no âmbito da Educação Especial, com o objectivo de criar condições nas escolas e nos agrupamentos para que os alunos com necessidades educativas especiais beneficiem de um apoio mais efectivo e eficaz.
Com este objectivo, o ME definiu redes de escolas de referência, destinadas aos alunos cegos e surdos, bem como unidades especializadas em perturbações do espectro do autismo e em multideficiência.
A criação de redes de escolas de referência permite uma melhor organização dos recursos humanos, materiais e didáctico-pedagógicos, essencial para responder, nas melhores condições, aos diversos tipos de necessidades destas crianças e destes jovens. Assim, a partir deste ano lectivo (2007/08), passam a existir 20 agrupamentos de referência para alunos cegos ou com baixa visão e, numa primeira fase, 22 agrupamentos num total de 72 escolas para estudantes surdos (profundos e severos), onde estes terão acesso ao ensino em Língua Gestual Portuguesa. Foi, ainda, criada uma rede de agrupamentos de escolas de referência para a intervenção precoce, que funcionará em 121 agrupamentos, com 492 educadores de infância, abrangendo cerca de 4400 crianças.
O número de unidades especializadas em multideficiência aumentou para 163, enquanto o número das especializadas em perturbações do espectro do autismo ronda as 100.
Com o objectivo de melhorar o serviço prestado no atendimento dos alunos com necessidades educativas especiais de carácter permanente, o ME apostou no reforço do número de técnicos existentes nas escolas.
Enquanto, no ano lectivo anterior, estavam nos estabelecimentos de ensino 153 terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, terapeutas da fala e formadores e intérpretes de Língua Gestual Portuguesa, neste ano lectivo esse número ascenderá aos 269 técnicos. Foram, também, criados 25 centros de recursos em tecnologias da informação e da comunicação para a Educação Especial, onde os alunos poderão contar com hardware e software adequado às suas necessidades específicas e, ainda, com materiais construídos e adaptados para estas crianças e para estes jovens.
O aumento da produção de manuais escolares em formatos acessíveis, previsto neste ano lectivo, também contribuirá para a melhoria do ensino dos alunos cegos ou com baixa visão.
Para os alunos surdos que frequentam a educação pré-escolar e os ensinos básico e secundário, será elaborado um Programa de Língua Gestual Portuguesa, língua materna das crianças e dos jovens surdos.
O desenvolvimento de um modelo de Centros de Recursos de Apoio à Inclusão no processo de reconversão das instituições de educação especial, que deverá ocorrer até 2013, permitirá proceder à transferência dos alunos que frequentam os estabelecimentos de ensino especial para as escolas do ensino regular, contando com o apoio dos recursos humanos e materiais existentes nas instituições que os acolhiam. A inclusão destes alunos nas escolas do ensino regular deverá processar-se de forma a garantir a todos os estudantes uma resposta às suas necessidades educativas em igualdade de circunstâncias.
A notícia é esta:
«ME reforça apoio a alunos com necessidades educativas especiais O Ministério da Educação (ME) lançou diversas medidas no âmbito da Educação Especial, com o objectivo de criar condições nas escolas e nos agrupamentos para que os alunos com necessidades educativas especiais beneficiem de um apoio mais efectivo e eficaz.
Com este objectivo, o ME definiu redes de escolas de referência, destinadas aos alunos cegos e surdos, bem como unidades especializadas em perturbações do espectro do autismo e em multideficiência.
A criação de redes de escolas de referência permite uma melhor organização dos recursos humanos, materiais e didáctico-pedagógicos, essencial para responder, nas melhores condições, aos diversos tipos de necessidades destas crianças e destes jovens. Assim, a partir deste ano lectivo (2007/08), passam a existir 20 agrupamentos de referência para alunos cegos ou com baixa visão e, numa primeira fase, 22 agrupamentos num total de 72 escolas para estudantes surdos (profundos e severos), onde estes terão acesso ao ensino em Língua Gestual Portuguesa. Foi, ainda, criada uma rede de agrupamentos de escolas de referência para a intervenção precoce, que funcionará em 121 agrupamentos, com 492 educadores de infância, abrangendo cerca de 4400 crianças.
O número de unidades especializadas em multideficiência aumentou para 163, enquanto o número das especializadas em perturbações do espectro do autismo ronda as 100.
Com o objectivo de melhorar o serviço prestado no atendimento dos alunos com necessidades educativas especiais de carácter permanente, o ME apostou no reforço do número de técnicos existentes nas escolas.
Enquanto, no ano lectivo anterior, estavam nos estabelecimentos de ensino 153 terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, terapeutas da fala e formadores e intérpretes de Língua Gestual Portuguesa, neste ano lectivo esse número ascenderá aos 269 técnicos. Foram, também, criados 25 centros de recursos em tecnologias da informação e da comunicação para a Educação Especial, onde os alunos poderão contar com hardware e software adequado às suas necessidades específicas e, ainda, com materiais construídos e adaptados para estas crianças e para estes jovens.
O aumento da produção de manuais escolares em formatos acessíveis, previsto neste ano lectivo, também contribuirá para a melhoria do ensino dos alunos cegos ou com baixa visão.
Para os alunos surdos que frequentam a educação pré-escolar e os ensinos básico e secundário, será elaborado um Programa de Língua Gestual Portuguesa, língua materna das crianças e dos jovens surdos.
O desenvolvimento de um modelo de Centros de Recursos de Apoio à Inclusão no processo de reconversão das instituições de educação especial, que deverá ocorrer até 2013, permitirá proceder à transferência dos alunos que frequentam os estabelecimentos de ensino especial para as escolas do ensino regular, contando com o apoio dos recursos humanos e materiais existentes nas instituições que os acolhiam. A inclusão destes alunos nas escolas do ensino regular deverá processar-se de forma a garantir a todos os estudantes uma resposta às suas necessidades educativas em igualdade de circunstâncias.
Criação de um grupo de docência específico para os docentes da Educação Especial:
Para que os alunos com necessidades educativas especiais de carácter permanente possam beneficiar de um apoio mais adequado às suas necessidades específicas, o ME definiu novas regras para a colocação de docentes, que entraram em vigor no ano lectivo de 2006/2007.
De acordo com as novas regras que regem a colocação de docentes, os professores que dão apoio a alunos com necessidades educativas especiais de carácter permanente deixaram de ser destacados anualmente, para passarem a concorrer a um grupo de docência próprio, criado para o ensino especial.
Estes docentes passaram a ser colocados em vagas próprias, por agrupamentos, o que contribui para que haja uma melhor gestão dos recursos humanos pelas escolas. Assim, são os agrupamentos que gerem a distribuição do serviço lectivo a estes docentes, consoante as necessidades educativas dos alunos que frequentam os diversos estabelecimentos de ensino.
Com esta medida, a intenção foi estabilizar os docentes nas escolas, evitando milhares de destacamentos anuais, que colocavam em causa a continuidade do trabalho desenvolvido com estes alunos» (negritos meus)".
Para que os alunos com necessidades educativas especiais de carácter permanente possam beneficiar de um apoio mais adequado às suas necessidades específicas, o ME definiu novas regras para a colocação de docentes, que entraram em vigor no ano lectivo de 2006/2007.
De acordo com as novas regras que regem a colocação de docentes, os professores que dão apoio a alunos com necessidades educativas especiais de carácter permanente deixaram de ser destacados anualmente, para passarem a concorrer a um grupo de docência próprio, criado para o ensino especial.
Estes docentes passaram a ser colocados em vagas próprias, por agrupamentos, o que contribui para que haja uma melhor gestão dos recursos humanos pelas escolas. Assim, são os agrupamentos que gerem a distribuição do serviço lectivo a estes docentes, consoante as necessidades educativas dos alunos que frequentam os diversos estabelecimentos de ensino.
Com esta medida, a intenção foi estabilizar os docentes nas escolas, evitando milhares de destacamentos anuais, que colocavam em causa a continuidade do trabalho desenvolvido com estes alunos» (negritos meus)".
Julgamos importante, que os pais de crianças e jovens com autismo, em idade escolar saibam que existem apoios nas escolas, para que possam contactar o Ministério da Educação,"reclamando" os direitos e apoios para o seu filho e, perguntando quais esses direitos e apoios. A notícia acima referida pode ser lida neste link.
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Autismo - viver com a diferença
Está exposta, através dos links, uma reportagem da SIC, sobre crianças autistas. Esta reportagem fala do dia-a-dia destas crianças autistas; de como as mães se dedicam e reagem com estas crianças e, de como as escolas estão preparadas para acolher estas crianças.
Parte 1
Parte2
Parte3
Parte4
Fonte: http://www.youtube.com/
Breve sumário sobre autismo
- Afecta 1 em cada 150 crianças;
- Não se sabe ao certo as causas;
- Tem uma origem genética;
- A proporção genética é de 1 menina por 4 meninos;
- Afecta áreas importantes do desenvolvimento;
(como a língua, jogo e conduta); - São crianças isoladas;
- Não existe cura para o autismo (apenas terapias para ajudar).
"O autismo é erradamente confundido com atraso mental, quando na realidade é um transtorno mental que afecta habilidades de comunicação e interacção com os outros. Embora muitas crianças com autismo possuem atraso mental, outros não. E alguns até têm capacidades especiais para música, matemática." in: link
Vejam este vídeo, talvez tenham uma perspectiva diferente.
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resumo de autismo
segunda-feira, 1 de junho de 2009
Dificuldades de aprendizagem da criança autista
Não existe tratamento médico para o autismo, existem apenas estimulações que ajudam a criança a melhorar a sua aprendizagem e comportamento.
O primeiro passo a dar para ajudar uma criança autista é identificar os sintomas. Se a criança não interagir com as outras crianças; se agir como se fosse surda; se resistir à aprendizagem; se não demonstrar medo aos perigos a que é exposta; se resistir às mudanças de rotina; se não mantiver o contacto visual; se tiver obsessão por determinados objectos ou tarefas repetitivas e, se apresentar agressividade, pode apresentar o distúrbio.
As crianças autistas têm muitas dificuldades em integrarem-se em ambientes educacionais. As dificuldades demonstradas são: dificuldade de organização, distracção e dificuldade em sequenciar.
A organização de uma tarefa é difícil para um autista, pois requer compreensão do que se pretende fazer, e um plano para executar essa tarefa. Muitas vezes, os autistas não são capazes de executar essa tarefa.
A distracção é um dos maiores problemas de uma criança autista, pois qualquer ruído vindo do exterior, ou mesmo do interior da sala, é motivo para a criança se desconcentrar. A identificação do que distrai a criança, é um passo muito importante, pois podemos ajudá-la a voltar à sua tarefa.
Outro problema dos autistas é a dificuldade em sequenciar, uma vez que estes têm dificuldades em se lembrar da ordem da realização das tarefas, e geralmente nem vêm relação entre as diversas actividades. Por exemplo, não percebem bem que se desarrumam a sala, têm que a arrumar.
Estas crianças têm dificuldades ao nível da partilha, apesar de muitas destas crianças terem aprendido em casa a partilhar com os irmãos. No jardim-de-infância, é necessário ensinar a criança a partilhar com os outros meninos (Cuberos, M.D.A; Garrido, A.A; et alli; (1997); Página: 93). As estratégias para incentivar a partilha passam pelo elogio, caso ela esteja a partilhar alguma coisa com alguém, os jogos de mesa, pois ensinam a criança a ocupar só o seu espaço e a esperar a pela sua vez de jogar e o trabalho em grupos pequenos, pois ajudam a criança a ocupar só o seu espaço e a partilhar os materiais (Cuberos, M.D.A; Garrido, A.A; et alli; (1997); Página: 94).
Existem várias áreas a intervir na aprendizagem da criança: definição de objectivos educacionais e avaliação, intervenção na área de comunicação-interação, intervenção na área cognitiva e intervenção nos problemas de comportamento.
Com os objectivos educacionais e avaliação, pretende-se avaliar a criança em relação à forma de aprendizagem. A criança parece saber fazer determinadas coisas, mas tem grandes dificuldades em conseguir concretizar as actividades. Como estas crianças não suportam a frustração de não conseguir realizar uma tarefa, os professores têm que arranjar estratégias para as conseguirem acalmar, por exemplo, através da música (Cuberos, M.D.A; Garrido, A.A; et alli; (1997); Página: 255).
Na intervenção na área de comunicação-interação, pretende-se ajudar a criança a interagir com os indivíduos que a rodeiam. Os professores devem ter uma atenção especial relativamente a estas crianças, mas de forma a que estas entendam essa atenção dada. Devem ajudar a criança a distinguir os comportamentos e atitudes correctas e incorrectas (Cuberos, M.D.A; Garrido, A.A; et alli; (1997); Página: 257). Devem, também, olhar nos olhos da criança quando falam com ela. Devem, ainda, dizer à criança qual a actividade que se segue, estimulá-la para que esta perceba que vai ser recompensada pelas tarefas realizadas de forma correcta ou pelo bom comportamento. Devem estimular a criança para aplicar os conhecimentos já adquiridos e encorajá-la a pedir ajuda sempre que precisar (Cuberos, M.D.A; Garrido, A.A; et alli; (1997); Página: 258).
A intervenção na área cognitiva, consiste em ajudar a criança a conseguir reproduzir um retrato e perceber o que está a reproduzir. Procura desenvolver a atenção e concentração, tanto nos trabalhos escolares como num jogo e a compreender as regras que lhe são dadas (Cuberos, M.D.A; Garrido, A.A; et alli; (1997); Página: 260).
A intervenção nos problemas de comportamento pretende ajudar a criança a perceber se o seu comportamento é o mais indicado, encorajando-a a ter um comportamento correcto, elogiando-a (Cuberos, M.D.A; Garrido, A.A; et alli; (1997); Página: 262).
O primeiro passo a dar para ajudar uma criança autista é identificar os sintomas. Se a criança não interagir com as outras crianças; se agir como se fosse surda; se resistir à aprendizagem; se não demonstrar medo aos perigos a que é exposta; se resistir às mudanças de rotina; se não mantiver o contacto visual; se tiver obsessão por determinados objectos ou tarefas repetitivas e, se apresentar agressividade, pode apresentar o distúrbio.
As crianças autistas têm muitas dificuldades em integrarem-se em ambientes educacionais. As dificuldades demonstradas são: dificuldade de organização, distracção e dificuldade em sequenciar.
A organização de uma tarefa é difícil para um autista, pois requer compreensão do que se pretende fazer, e um plano para executar essa tarefa. Muitas vezes, os autistas não são capazes de executar essa tarefa.
A distracção é um dos maiores problemas de uma criança autista, pois qualquer ruído vindo do exterior, ou mesmo do interior da sala, é motivo para a criança se desconcentrar. A identificação do que distrai a criança, é um passo muito importante, pois podemos ajudá-la a voltar à sua tarefa.
Outro problema dos autistas é a dificuldade em sequenciar, uma vez que estes têm dificuldades em se lembrar da ordem da realização das tarefas, e geralmente nem vêm relação entre as diversas actividades. Por exemplo, não percebem bem que se desarrumam a sala, têm que a arrumar.
Estas crianças têm dificuldades ao nível da partilha, apesar de muitas destas crianças terem aprendido em casa a partilhar com os irmãos. No jardim-de-infância, é necessário ensinar a criança a partilhar com os outros meninos (Cuberos, M.D.A; Garrido, A.A; et alli; (1997); Página: 93). As estratégias para incentivar a partilha passam pelo elogio, caso ela esteja a partilhar alguma coisa com alguém, os jogos de mesa, pois ensinam a criança a ocupar só o seu espaço e a esperar a pela sua vez de jogar e o trabalho em grupos pequenos, pois ajudam a criança a ocupar só o seu espaço e a partilhar os materiais (Cuberos, M.D.A; Garrido, A.A; et alli; (1997); Página: 94).
Existem várias áreas a intervir na aprendizagem da criança: definição de objectivos educacionais e avaliação, intervenção na área de comunicação-interação, intervenção na área cognitiva e intervenção nos problemas de comportamento.
Com os objectivos educacionais e avaliação, pretende-se avaliar a criança em relação à forma de aprendizagem. A criança parece saber fazer determinadas coisas, mas tem grandes dificuldades em conseguir concretizar as actividades. Como estas crianças não suportam a frustração de não conseguir realizar uma tarefa, os professores têm que arranjar estratégias para as conseguirem acalmar, por exemplo, através da música (Cuberos, M.D.A; Garrido, A.A; et alli; (1997); Página: 255).
Na intervenção na área de comunicação-interação, pretende-se ajudar a criança a interagir com os indivíduos que a rodeiam. Os professores devem ter uma atenção especial relativamente a estas crianças, mas de forma a que estas entendam essa atenção dada. Devem ajudar a criança a distinguir os comportamentos e atitudes correctas e incorrectas (Cuberos, M.D.A; Garrido, A.A; et alli; (1997); Página: 257). Devem, também, olhar nos olhos da criança quando falam com ela. Devem, ainda, dizer à criança qual a actividade que se segue, estimulá-la para que esta perceba que vai ser recompensada pelas tarefas realizadas de forma correcta ou pelo bom comportamento. Devem estimular a criança para aplicar os conhecimentos já adquiridos e encorajá-la a pedir ajuda sempre que precisar (Cuberos, M.D.A; Garrido, A.A; et alli; (1997); Página: 258).
A intervenção na área cognitiva, consiste em ajudar a criança a conseguir reproduzir um retrato e perceber o que está a reproduzir. Procura desenvolver a atenção e concentração, tanto nos trabalhos escolares como num jogo e a compreender as regras que lhe são dadas (Cuberos, M.D.A; Garrido, A.A; et alli; (1997); Página: 260).
A intervenção nos problemas de comportamento pretende ajudar a criança a perceber se o seu comportamento é o mais indicado, encorajando-a a ter um comportamento correcto, elogiando-a (Cuberos, M.D.A; Garrido, A.A; et alli; (1997); Página: 262).
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Família face ao autismo
A família é o primeiro agente de socialização da criança, logo cabe à família inseri-la num meio onde se sinta bem e seja aceite (B - Pereira, M.C & Serra, H. (2005). Página: 12).
O nascimento de uma criança autista faz surgir numa família mudanças a nível psíquico, que corresponde à sua adaptação às necessidades especiais da criança (B - Pereira, M.C & Serra, H. (2005). Página: 16).
Quando surgem os primeiros sintomas do autismo, é demonstrada uma grande angústia por parte dos pais e, surgem logo as primeiras perguntas: “como é que isto nos aconteceu?”; “o que é que fizemos mal?”; “Haverá algum tratamento ou operação que possa ajudar o nosso bebé?” (B - Pereira, M.C & Serra, H. (2005). Página: 16). Surge então a revolta e até a rejeição em relação ao próprio filho (B - Pereira, M.C & Serra, H. (2005). Página: 17). Existe um período em que os pais das crianças se isolam com o filho, por receio que não o aceitem ou até mesmo por vergonha da criança (B - Pereira, M.C & Serra, H. (2005). Página: 18). Daí a necessidade de desenvolver a aceitação e adaptação dos pais, para proporcionar à criança um ambiente de amor e carinho. Com o tempo, os pais vão aceitando que têm uma criança diferente, surgindo então o processo de compreensão e aceitação em relação à criança (B - Pereira, M.C & Serra, H. (2005). Página: 19). Existem pais que não estimulam os filhos; que são demasiado tolerantes ou demasiado rígidos, que não comunicam com a criança e desencorajam os seus comportamentos, o que pode afectar a criança ao nível afectivo (B - Pereira, M.C & Serra, H. (2005). Página: 17).
Existem investigações que afirmam que, de todos os distúrbios, o autismo é o que provoca mais dúvidas e dificuldades em aceitar a criança, na medida em que se trata de uma perturbação ao nível da relação social e comunicativa, logo vai impedir a relação pais/filho (B - Pereira, M.C & Serra, H. (2005). Página: 16).
Para ajudar estas famílias, foi criada uma instituição, denominada de APPDA, que visa ajudar as crianças autistas, principalmente os familiares que os acompanham. A APPDA foi fundada em 1971 em Lisboa, com o nome de APPCA (Associação Portuguesa para a Protecção de Crianças Autistas). Em 2002, a APPCA passou a chamar-se APPDA (Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo) e as delegações formadas, passaram a chamar-se “Associações Regionais”, a APPDA-Lisboa, a APPDA-Norte e a APPDA-Coimbra, APPDA-S.Miguel e Santa Maria, nos Açores e a APPDA-Viseu.
A direcção da APPDA-Lisboa é composta por cinco pais de pessoas autistas e são estes os cinco elementos que controlam todos os serviços, representações, projectos, programas e publicações. Esta instituição conta com a colaboração de um psiquiatra, de um pediatra, de um psicólogo e de um professor de educação especial.
Os objectivos da formação desta instituição são: promover os direitos das pessoas com autismo, colaborando com instituições portuguesas e internacionais; promover a formação e a educação de pessoas autistas, visando a sua integração no ambiente escolar e social; dar apoio e formação às famílias de pessoas com autismo e melhorar a qualidade de vida dessas mesmas pessoas, através de diagnósticos, educação, centros de actividades ocupacionais e áreas residenciais.
O nascimento de uma criança autista faz surgir numa família mudanças a nível psíquico, que corresponde à sua adaptação às necessidades especiais da criança (B - Pereira, M.C & Serra, H. (2005). Página: 16).
Quando surgem os primeiros sintomas do autismo, é demonstrada uma grande angústia por parte dos pais e, surgem logo as primeiras perguntas: “como é que isto nos aconteceu?”; “o que é que fizemos mal?”; “Haverá algum tratamento ou operação que possa ajudar o nosso bebé?” (B - Pereira, M.C & Serra, H. (2005). Página: 16). Surge então a revolta e até a rejeição em relação ao próprio filho (B - Pereira, M.C & Serra, H. (2005). Página: 17). Existe um período em que os pais das crianças se isolam com o filho, por receio que não o aceitem ou até mesmo por vergonha da criança (B - Pereira, M.C & Serra, H. (2005). Página: 18). Daí a necessidade de desenvolver a aceitação e adaptação dos pais, para proporcionar à criança um ambiente de amor e carinho. Com o tempo, os pais vão aceitando que têm uma criança diferente, surgindo então o processo de compreensão e aceitação em relação à criança (B - Pereira, M.C & Serra, H. (2005). Página: 19). Existem pais que não estimulam os filhos; que são demasiado tolerantes ou demasiado rígidos, que não comunicam com a criança e desencorajam os seus comportamentos, o que pode afectar a criança ao nível afectivo (B - Pereira, M.C & Serra, H. (2005). Página: 17).
Existem investigações que afirmam que, de todos os distúrbios, o autismo é o que provoca mais dúvidas e dificuldades em aceitar a criança, na medida em que se trata de uma perturbação ao nível da relação social e comunicativa, logo vai impedir a relação pais/filho (B - Pereira, M.C & Serra, H. (2005). Página: 16).
Para ajudar estas famílias, foi criada uma instituição, denominada de APPDA, que visa ajudar as crianças autistas, principalmente os familiares que os acompanham. A APPDA foi fundada em 1971 em Lisboa, com o nome de APPCA (Associação Portuguesa para a Protecção de Crianças Autistas). Em 2002, a APPCA passou a chamar-se APPDA (Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo) e as delegações formadas, passaram a chamar-se “Associações Regionais”, a APPDA-Lisboa, a APPDA-Norte e a APPDA-Coimbra, APPDA-S.Miguel e Santa Maria, nos Açores e a APPDA-Viseu.
A direcção da APPDA-Lisboa é composta por cinco pais de pessoas autistas e são estes os cinco elementos que controlam todos os serviços, representações, projectos, programas e publicações. Esta instituição conta com a colaboração de um psiquiatra, de um pediatra, de um psicólogo e de um professor de educação especial.
Os objectivos da formação desta instituição são: promover os direitos das pessoas com autismo, colaborando com instituições portuguesas e internacionais; promover a formação e a educação de pessoas autistas, visando a sua integração no ambiente escolar e social; dar apoio e formação às famílias de pessoas com autismo e melhorar a qualidade de vida dessas mesmas pessoas, através de diagnósticos, educação, centros de actividades ocupacionais e áreas residenciais.
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Estratégias que estimulem a criança autista
Os tratamentos para o autismo correspondem a uma estimulação feita à criança para que interaja com o meio e com as outras pessoas. Esta estimulação passa por terapias que corrigem este tipo de comportamento, nomeadamente, Psicoterapia, Ludoterapia e Musicoterapia.
A Psicoterapia consiste em sessões com um psicólogo qualificado para casos de autismo. A Ludoterapia consiste em sessões com jogos que estimulem a criança. A Musicoterapia consiste em sessões de terapia com música, também para estimular a criança.
Para além destas terapias, também podem ser utilizadas a Terapia Crânio Sacral e a Libertação Miofacial. A Terapia Crânio Sacral consiste no toque muito suave na zona da cabeça, para estimular o sistema nervoso da criança e assim aliviar o stress da mesma. A Libertação Miofacial consiste no relaxamento dos músculos do corpo. É recomendado a crianças muito stressadas, que sofrem de insónias e que são muito agitadas.
O outro tipo de tratamento é através de medicação. Esta medicação não trata o autismo, mas controla a impulsividade e a agitação e tenta combater a agressividade.
A maioria das crianças, quando vão para o jardim-de-infância, gostam de brincar e de fazer novos amigos, ao contrário das crianças autistas que preferem afastar-se e centrar-se em determinados objectos (Hewitt, S. (2006). Página: 13).
Todos estes tratamentos feitos por terapeutas ocupacionais devem ser complementados no jardim-de-infância. Com a intervenção dos pais e professores, as crianças podem ser auxiliadas para socializar com as outras crianças (Hewitt, S. (2006). Página: 14).
Devido às dificuldades demonstradas, existem estratégias para integrar uma criança autista no jardim-de-infância, e estas são: a familiarização do espaço escolar e as competências para fazer amizades.
Em relação à familiarização do espaço escolar, a criança deve ter pelo menos duas visitas ao jardim-de-infância antes de começar o ano lectivo. Na primeira visita, deve-se utilizar a mesma entrada que a criança usará quando começar a escola (Hewitt, S. (2006). Página: 17). Nesta visita, a criança deve ser levada a conhecer todos os locais que terá acesso quando começar a escola, explorando cada espaço ao seu gosto e durante o tempo que necessitar, tendo contacto com os brinquedos e materiais que vai usar. Se a criança reagir bem a esta visita, deve-se levar a criança a conhecer todo o pessoal docente e não docente que trabalha na instituição. Na segunda visita, deve-se repetir todo o processo utilizado na primeira visita. Em ambas as visitas deve-se ter muita calma e não apressar a criança, ela deve demorar o tempo que precisar (Hewitt, S. (2006). Página: 18). Quando o ano lectivo começar, é necessário apresentar a criança aos seus amiguinhos da escola para estes se adaptarem à criança autista e esta às outras crianças. Para que a criança se adapte é pertinente pedir a um ou dois pais que deixem que os seus filhos fiquem no jardim-de-infância mais ou menos 15 minutos depois dos outros meninos saírem (Hewitt, S. (2006). Página: 21). Outra estratégia a ser utilizada é deixar que a criança se despeça dos pais ao portão do jardim ou então à porta do recreio, mesmo que chorem, a criança acalma-se assim que os pais forem embora (Hewitt, S. (2006). Página: 22). Também se pode convidar os pais destas crianças a fazerem companhia aos filhos durante o tempo que estão no jardim. Para que a criança se adapte ao jardim-de-infância também podem estar presentes só no período da manhã ou da tarde, antes de ficarem a tempo inteiro. O recreio, os períodos de almoço e o lanche também devem fazer parte da familiarização, pois estas crianças precisam muito de rotinas e assim inclui-se logo estes pontos importantes (Hewitt, S. (2006). Página: 23). Um dos aspectos mais importantes a familiarizar é um local sossegado dentro da sala para que a criança se possa recolher quando achar necessário. O objectivo destas estratégias é que a criança se sinta bem e confiante no jardim, sem ter os seus pais por perto (Hewitt, S. (2006). Página: 24).
Em relação às competências para fazer amizades, é necessário um ensino individualizado de competências sociais, antes que lhe sejam apresentados os amigos que o acompanhem ao longo do tempo que estiver no jardim (Hewitt, S. (2006). Página: 24).
A Psicoterapia consiste em sessões com um psicólogo qualificado para casos de autismo. A Ludoterapia consiste em sessões com jogos que estimulem a criança. A Musicoterapia consiste em sessões de terapia com música, também para estimular a criança.
Para além destas terapias, também podem ser utilizadas a Terapia Crânio Sacral e a Libertação Miofacial. A Terapia Crânio Sacral consiste no toque muito suave na zona da cabeça, para estimular o sistema nervoso da criança e assim aliviar o stress da mesma. A Libertação Miofacial consiste no relaxamento dos músculos do corpo. É recomendado a crianças muito stressadas, que sofrem de insónias e que são muito agitadas.
O outro tipo de tratamento é através de medicação. Esta medicação não trata o autismo, mas controla a impulsividade e a agitação e tenta combater a agressividade.
A maioria das crianças, quando vão para o jardim-de-infância, gostam de brincar e de fazer novos amigos, ao contrário das crianças autistas que preferem afastar-se e centrar-se em determinados objectos (Hewitt, S. (2006). Página: 13).
Todos estes tratamentos feitos por terapeutas ocupacionais devem ser complementados no jardim-de-infância. Com a intervenção dos pais e professores, as crianças podem ser auxiliadas para socializar com as outras crianças (Hewitt, S. (2006). Página: 14).
Devido às dificuldades demonstradas, existem estratégias para integrar uma criança autista no jardim-de-infância, e estas são: a familiarização do espaço escolar e as competências para fazer amizades.
Em relação à familiarização do espaço escolar, a criança deve ter pelo menos duas visitas ao jardim-de-infância antes de começar o ano lectivo. Na primeira visita, deve-se utilizar a mesma entrada que a criança usará quando começar a escola (Hewitt, S. (2006). Página: 17). Nesta visita, a criança deve ser levada a conhecer todos os locais que terá acesso quando começar a escola, explorando cada espaço ao seu gosto e durante o tempo que necessitar, tendo contacto com os brinquedos e materiais que vai usar. Se a criança reagir bem a esta visita, deve-se levar a criança a conhecer todo o pessoal docente e não docente que trabalha na instituição. Na segunda visita, deve-se repetir todo o processo utilizado na primeira visita. Em ambas as visitas deve-se ter muita calma e não apressar a criança, ela deve demorar o tempo que precisar (Hewitt, S. (2006). Página: 18). Quando o ano lectivo começar, é necessário apresentar a criança aos seus amiguinhos da escola para estes se adaptarem à criança autista e esta às outras crianças. Para que a criança se adapte é pertinente pedir a um ou dois pais que deixem que os seus filhos fiquem no jardim-de-infância mais ou menos 15 minutos depois dos outros meninos saírem (Hewitt, S. (2006). Página: 21). Outra estratégia a ser utilizada é deixar que a criança se despeça dos pais ao portão do jardim ou então à porta do recreio, mesmo que chorem, a criança acalma-se assim que os pais forem embora (Hewitt, S. (2006). Página: 22). Também se pode convidar os pais destas crianças a fazerem companhia aos filhos durante o tempo que estão no jardim. Para que a criança se adapte ao jardim-de-infância também podem estar presentes só no período da manhã ou da tarde, antes de ficarem a tempo inteiro. O recreio, os períodos de almoço e o lanche também devem fazer parte da familiarização, pois estas crianças precisam muito de rotinas e assim inclui-se logo estes pontos importantes (Hewitt, S. (2006). Página: 23). Um dos aspectos mais importantes a familiarizar é um local sossegado dentro da sala para que a criança se possa recolher quando achar necessário. O objectivo destas estratégias é que a criança se sinta bem e confiante no jardim, sem ter os seus pais por perto (Hewitt, S. (2006). Página: 24).
Em relação às competências para fazer amizades, é necessário um ensino individualizado de competências sociais, antes que lhe sejam apresentados os amigos que o acompanhem ao longo do tempo que estiver no jardim (Hewitt, S. (2006). Página: 24).
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Conversas sobre o autismo
A palavra autismo vem do grego “autos” que significa “próprio”, ou seja, a criança autista vive num mundo que é só dela, fechando-se em si mesma.
O autismo pode ser ligeiro ou severo, atingindo maioritariamente os rapazes. Caracteriza-se por alterações no desenvolvimento da criança, evidentes nos primeiros meses de vida, que afectam a capacidade motora e a linguagem. Contudo, as crianças autistas não demonstram a sua diferença através de características faciais, uma vez que possuem um aspecto saudável.
Estas crianças manifestam quatro principais características:
Dificuldade de interacção social e de comunicação social e de imaginação;
Apresentam comportamentos repetitivos e uma resistência a coisas novas;
São muito rígidas consigo mesmas e com as outras pessoas, tornando-se agressivas se alguém as contraria;
Apresentam problemas de compreensão e interpretação, tendo dificuldades em expressar emoções e pensamentos.
As causas exactas do distúrbio do espectro autista ainda não são conhecidas, mas podem estar associadas a factores genéticos ou a doenças que afectam o desenvolvimento do cérebro do feto durante a gravidez.
Podemos distinguir três tipos de factores: os factores pré, peri e pós-natais.
Os factores pré-natais ocorrem durante a gestação do feto:
A mãe pode contrair várias doenças, tais como, a sífilis, a rubéola, a SIDA e os diabetes (Dr.Torrescasana, J.M.; (1989); Página: 60),
O consumo de álcool, de drogas, de tabaco, de cafeína e as intoxicações;
A incompatibilidade do fator Rh;
Ocorrência de hemorragias no primeiro mês de gravidez;
Gravidez de risco;
O uso de medicação (A - Pereira, M.C & Serra, H. (2005). Página:27).
Os factores peri-natais são aqueles que ocorrem durante o parto:
· Parto demorado, em que a criança fica privada de oxigénio (Dr.Torrescasana, J.M.; (1989); Página: 62);
· O bebé pode nascer prematuro, provocando danos no cérebro devido à desnutrição.
· Ocorrência de acidentes, em que o bebé escapa das mãos do médico e cai no chão.
Existem ainda, factores pós-natais, ou seja, depois do nascimento:
Devido à vulnerabilidade do bebé, este está sujeito a várias doenças, tais como, a rubéola, a meningite e febres muito altas, o que pode danificar o seu cérebro;
Ferimentos na cabeça;
Acidentes de automóvel;
Traumatismos cranianos;
Violência doméstica (Dr.Torrescasana, J.M.; (1989); Página: 61).
Quanto às características, de uma forma geral, as crianças autistas demonstram ter aparência saudável, no entanto apresentam graves lacunas ao nível social e emocional. Têm dificuldade em relacionar-se com outras pessoas, rejeitando o carinho atribuído pelos pais. Revelam, também, obsessão pelos objectos; são indiferentes ao mundo que as rodeia e apresentam hiperactividade, bem como movimentos repetitivos e estereotipados. Estas crianças têm necessidade de uma rotina, tornando-se agressivas à mínima mudança ocorrida; os jogos são sempre dentro da mesma linha, não revelando imaginação para modificar essa forma de jogar. Para além destas características, estas crianças fazem perguntas de forma repetitiva e em ocasiões inadequadas.
O autismo pode ser ligeiro ou severo, atingindo maioritariamente os rapazes. Caracteriza-se por alterações no desenvolvimento da criança, evidentes nos primeiros meses de vida, que afectam a capacidade motora e a linguagem. Contudo, as crianças autistas não demonstram a sua diferença através de características faciais, uma vez que possuem um aspecto saudável.
Estas crianças manifestam quatro principais características:
Dificuldade de interacção social e de comunicação social e de imaginação;
Apresentam comportamentos repetitivos e uma resistência a coisas novas;
São muito rígidas consigo mesmas e com as outras pessoas, tornando-se agressivas se alguém as contraria;
Apresentam problemas de compreensão e interpretação, tendo dificuldades em expressar emoções e pensamentos.
As causas exactas do distúrbio do espectro autista ainda não são conhecidas, mas podem estar associadas a factores genéticos ou a doenças que afectam o desenvolvimento do cérebro do feto durante a gravidez.
Podemos distinguir três tipos de factores: os factores pré, peri e pós-natais.
Os factores pré-natais ocorrem durante a gestação do feto:
A mãe pode contrair várias doenças, tais como, a sífilis, a rubéola, a SIDA e os diabetes (Dr.Torrescasana, J.M.; (1989); Página: 60),
O consumo de álcool, de drogas, de tabaco, de cafeína e as intoxicações;
A incompatibilidade do fator Rh;
Ocorrência de hemorragias no primeiro mês de gravidez;
Gravidez de risco;
O uso de medicação (A - Pereira, M.C & Serra, H. (2005). Página:27).
Os factores peri-natais são aqueles que ocorrem durante o parto:
· Parto demorado, em que a criança fica privada de oxigénio (Dr.Torrescasana, J.M.; (1989); Página: 62);
· O bebé pode nascer prematuro, provocando danos no cérebro devido à desnutrição.
· Ocorrência de acidentes, em que o bebé escapa das mãos do médico e cai no chão.
Existem ainda, factores pós-natais, ou seja, depois do nascimento:
Devido à vulnerabilidade do bebé, este está sujeito a várias doenças, tais como, a rubéola, a meningite e febres muito altas, o que pode danificar o seu cérebro;
Ferimentos na cabeça;
Acidentes de automóvel;
Traumatismos cranianos;
Violência doméstica (Dr.Torrescasana, J.M.; (1989); Página: 61).
Quanto às características, de uma forma geral, as crianças autistas demonstram ter aparência saudável, no entanto apresentam graves lacunas ao nível social e emocional. Têm dificuldade em relacionar-se com outras pessoas, rejeitando o carinho atribuído pelos pais. Revelam, também, obsessão pelos objectos; são indiferentes ao mundo que as rodeia e apresentam hiperactividade, bem como movimentos repetitivos e estereotipados. Estas crianças têm necessidade de uma rotina, tornando-se agressivas à mínima mudança ocorrida; os jogos são sempre dentro da mesma linha, não revelando imaginação para modificar essa forma de jogar. Para além destas características, estas crianças fazem perguntas de forma repetitiva e em ocasiões inadequadas.
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