segunda-feira, 1 de junho de 2009

Estratégias que estimulem a criança autista

Os tratamentos para o autismo correspondem a uma estimulação feita à criança para que interaja com o meio e com as outras pessoas. Esta estimulação passa por terapias que corrigem este tipo de comportamento, nomeadamente, Psicoterapia, Ludoterapia e Musicoterapia.
A Psicoterapia consiste em sessões com um psicólogo qualificado para casos de autismo. A Ludoterapia consiste em sessões com jogos que estimulem a criança. A Musicoterapia consiste em sessões de terapia com música, também para estimular a criança.
Para além destas terapias, também podem ser utilizadas a Terapia Crânio Sacral e a Libertação Miofacial. A Terapia Crânio Sacral consiste no toque muito suave na zona da cabeça, para estimular o sistema nervoso da criança e assim aliviar o stress da mesma. A Libertação Miofacial consiste no relaxamento dos músculos do corpo. É recomendado a crianças muito stressadas, que sofrem de insónias e que são muito agitadas.
O outro tipo de tratamento é através de medicação. Esta medicação não trata o autismo, mas controla a impulsividade e a agitação e tenta combater a agressividade.
A maioria das crianças, quando vão para o jardim-de-infância, gostam de brincar e de fazer novos amigos, ao contrário das crianças autistas que preferem afastar-se e centrar-se em determinados objectos (Hewitt, S. (2006). Página: 13).
Todos estes tratamentos feitos por terapeutas ocupacionais devem ser complementados no jardim-de-infância. Com a intervenção dos pais e professores, as crianças podem ser auxiliadas para socializar com as outras crianças (Hewitt, S. (2006). Página: 14).
Devido às dificuldades demonstradas, existem estratégias para integrar uma criança autista no jardim-de-infância, e estas são: a familiarização do espaço escolar e as competências para fazer amizades.
Em relação à familiarização do espaço escolar, a criança deve ter pelo menos duas visitas ao jardim-de-infância antes de começar o ano lectivo. Na primeira visita, deve-se utilizar a mesma entrada que a criança usará quando começar a escola (Hewitt, S. (2006). Página: 17). Nesta visita, a criança deve ser levada a conhecer todos os locais que terá acesso quando começar a escola, explorando cada espaço ao seu gosto e durante o tempo que necessitar, tendo contacto com os brinquedos e materiais que vai usar. Se a criança reagir bem a esta visita, deve-se levar a criança a conhecer todo o pessoal docente e não docente que trabalha na instituição. Na segunda visita, deve-se repetir todo o processo utilizado na primeira visita. Em ambas as visitas deve-se ter muita calma e não apressar a criança, ela deve demorar o tempo que precisar (Hewitt, S. (2006). Página: 18). Quando o ano lectivo começar, é necessário apresentar a criança aos seus amiguinhos da escola para estes se adaptarem à criança autista e esta às outras crianças. Para que a criança se adapte é pertinente pedir a um ou dois pais que deixem que os seus filhos fiquem no jardim-de-infância mais ou menos 15 minutos depois dos outros meninos saírem (Hewitt, S. (2006). Página: 21). Outra estratégia a ser utilizada é deixar que a criança se despeça dos pais ao portão do jardim ou então à porta do recreio, mesmo que chorem, a criança acalma-se assim que os pais forem embora (Hewitt, S. (2006). Página: 22). Também se pode convidar os pais destas crianças a fazerem companhia aos filhos durante o tempo que estão no jardim. Para que a criança se adapte ao jardim-de-infância também podem estar presentes só no período da manhã ou da tarde, antes de ficarem a tempo inteiro. O recreio, os períodos de almoço e o lanche também devem fazer parte da familiarização, pois estas crianças precisam muito de rotinas e assim inclui-se logo estes pontos importantes (Hewitt, S. (2006). Página: 23). Um dos aspectos mais importantes a familiarizar é um local sossegado dentro da sala para que a criança se possa recolher quando achar necessário. O objectivo destas estratégias é que a criança se sinta bem e confiante no jardim, sem ter os seus pais por perto (Hewitt, S. (2006). Página: 24).
Em relação às competências para fazer amizades, é necessário um ensino individualizado de competências sociais, antes que lhe sejam apresentados os amigos que o acompanhem ao longo do tempo que estiver no jardim (Hewitt, S. (2006). Página: 24).

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